terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Colegas de profissão

Eu juro de pés juntos que ela um dia me disse: "Se eu tiver uma filha enfermeira eu vou deserdá-la!" E não foi assim que aconteceu.

Eu sei que ela não queria que eu seguisse esse caminho, até porque a profissão que escolhemos, ou que a vida nos permitiu entrar, é feita de altos e baixos, mas de acordo com ela, você consegue um emprego e pagar as suas contas.

É claro que não podemos comparar a sua época da minha, pois primeiro: estamos em épocas completamente diferentes...os anos 80 nem sequer se comparam com os " tempos modernos", e , principalmente, pois o que nos colocou nessa profissão foi um acaso diferente, uma pelas contas a pagar e pela gosto do trabalho e daquilo que fazia; a outra por querer uma coisa, depois outra, depois outra...

Depois de 4 anos integrais eu faço parte da mesma profissão que minha mãe, do mesmo legado que ela ajudou a construir.. e eu não tinha idéia do tamanho que isso significaria para mim nos meus 13 anos.

Hoje eu sou enfermeira, mas não do mesmo jeito que ela, não com as experiências dela, não com o conhecimento dela, e eu nem sei se tenho essa pretensão, mas posso dizer quantas vezes eu verei a mesma mulher que me motivou escrever tudo isso, a enfermeira que ela é, minha colega de profissão, ser a primeira a me aplaudir pela escolhas que farei na vida. 

E ela não cumpriu com que havia jurado de pés juntos.. ainda bem!


Até outro dia.

Bruna Ribeiro